quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Unidos Pelo Destino -Capítulo 18

Já tinha se passado três dias de quando ocorreu o acidente. Aos poucos eu me lembrava de Kellan, mas ele ainda era um estranho pra mim. Boo vinha me visitar todos os dias com o resto do pessoal, era ele que geralmente passava a noite aqui. Essa noite o Rob é quem vai me fazer companhia.
–Ei Katy sabe o que eu trouxe? –ele disse entrando no quarto com um baita sorriso no rosto.
–Não Rob, fala logo!
–Ahá! –ele disse puxando o violão.
–Rob não pode tocar no hospital! –avisei.
– “Rob não pode tocar no hospital”– ele debochou levantando as mãos-Ah bobagem não se preocupa. - Ele puxou o violão e cantou uma das suas músicas e me ensinou um pedaço. Então ele começa a tocar “Never Think”, comecei a cantar junto.
I should never think
What's in your heart
What's in our home
So I won't
You'll learn to hate me
But still call me baby
Oh love
So call me by my name
And save your soul
Save your soul
Before your to far gone
Before nothing can be done
I'll try to decide when
She'll lie in the end
I ain't got no fight in me
In this whole damn world
So hold off
She should hold off
It?s the one thing that I've known
Once I put my coat on
I coming out in this all wrong
She standing outside holding me
Saying oh please
I'm in love
I'm in love
Girl save your soul
Go on save your soul
Before it's too far gone
And before nothing can be done
Cause without me
You got it all
So hold on
Without me you got it all
So hold on
Without me you got it all
Without me you got it all
So hold on
Without me you got it all
Without me you got it all
So hold on
–Você canta muito bem! –ele disse.
–Obrigada! –corei.
–Eaí como você tá? –ele perguntou guardando o violão e se virando pra mim.
–Estou melhorando, a memória está voltando e tá sendo legal o pessoal vir me visitar.
–E como é que você tá com o Kellan? –ele perguntou.
–Ele não parece mais um estranho pra mim, mas ainda não me lembro de tudo.
–Hum. –ele mexeu no cabelo e encostou as costas na parede pensando. –Você quer comer alguma coisa? –ele disse se levantando num pulo e indo pra porta.
–Não posso eu tenho que comer a porcaria da comida do hospital.
–Tá Ok. Já volto! –ele saiu do quarto. Puxei o violão dele e comecei a tocar uma das músicas que aprendi a tocar no violão há um tempo, “River flows in you”. Enquanto eu tocava eu comecei a pensar no pessoal, no Boo, na Nikki, na Ashley, Kristen, Robert, Taylor, Jackson e todos os outros até que...
“Entra.” - Kellan gritou.
“Você está bem?” - perguntei.
“Porque não estaria?”
“Eu sei da sua irmã.” - Nesse instante Kellan se sentou na cama e abaixou a cabeça cruzando as mãos.
“Me desculpa por não te contar.” - me sentei ao seu lado, segurei sua mão e deitei minha cabeça no seu ombro.
“Tudo bem.”
“Eu a amava tanto, eu sinto tanta falta dela, me sinto mal só de saber que não posso vê-la, mas quando te vi na festa tudo mudou.” - Estremeci quando ele disse isso.
“Como assim?”
“Sabe por que eu te trouxe pra cá? Porque assim que coloquei os olhos em você eu vi minha irmã, seus lindos olhos castanhos são iguais ao dela, eu não podia perdê-la de novo então eu a trouxe aqui. Por favor, me desculpa!” - Kellan começou a chorar.
“Kellan olha pra mim.” - ele me olhou, seu rosto estava cheio de lágrimas. “Está tudo bem, eu entendo.” - o abracei.
“Por favor, Katy não vá! Você é como uma irmã pra mim.”
“Não irei não se preocupe, e você é como o irmão mais velho que eu nunca tive.”
Comecei a chorar, eu tinha tido mais um flashback, eu finalmente tinha entendido porque eu significava tanto pra ele eu estava começando a me sentir mal por ter esquecido ele, ele não merecia isso.
–Katy o que aconteceu? –Rob disse entrando no quarto largando um saco marrom e me abraçando.
–Eu tive mais um Flashback e finalmente percebi porque sou tão importante pro Kellan, eu pareço com a irmã dele. –eu disse no meio de lágrimas.
–Ei se acalma. –ele disse e se sentou ao meu lado na cama e encostei minha cabeça em seu ombro. –Ele realmente se importa com você, mas não precisa ficar assim ele só tá preocupado com você, não se preocupe. Depois que me acalmei ele saltou da cama e puxou o saco marrom.
–Toma pode comer. –ele disse com um sorriso torto no rosto.
–Eu não posso comer já disse. –Comecei a rir dele.
–Ah claro que pode!
–Não, não pode! –disse uma enfermeira puxando o saco da mão dele.
–Desculpa senhorita. –ele disse de cabeça baixa, tive que rir da cara dele.
–Como está se sentido? –a enfermeira perguntou olhando uma prancheta e depois me encarando. Rob pulou de um jeito bem largado no sofá e ligou a TV.
–Eu tive outro Flashback! –acusei.
–Ok, nesse ritmo você vai ter alta daqui a dois dias mas... –ela disse orgulhosa.
–Legal alguém vai poder ir à première de Amanhecer conosco. –Rob cantarolou. A enfermeira arregalou os olhos. Não tinha como não rir dos dois.
–Rob fica quieto a deixa falar! –repreendi-o. Ele fez uma careta.
–Vai ter que voltar aqui daqui a uma semana pra fazer uma tomografia, ok?
–Claro. –respondi.
–Sem faltas viu, você tem que vir!
–Ela vai vir, eu mesmo a trago.
–Fica quieto Robert. –eu disse brincando, ele me fez outra careta.
–Senhor Pattinson, se você não se importa poderia... –a enfermeira estava apontando pra prancheta e Robert entendeu o que ela queria, até eu entendi.
–Claro! Você tem uma câmera aí? –ele perguntou assinando a prancheta e a entregando.
–Tenho a do celular! –a enfermeira disse animada, abafei uma risada da atitude da enfermeira. Eles tiraram a foto e antes dela ir embora Robert a parou.
–Você pode devolver meu lanche? –ele perguntou lançando o famoso sorriso torto. A enfermeira quase desmaiou, não resisti e gargalhei.
–Claro desculpe, mas ela não pode comer. –disse a enfermeira apontando pra mim, revirei os olhos e voltei a gargalhar. Assim que a enfermeira saiu , Rob começou a gargalhar comigo.

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